CONVERSAS DO PECE

Em Conversas do Pece em breve há de se encontrar algumas conversas fiadas...

sábado, junho 22, 2013

Muito tempo depois...

DEPOIS de muito tempo... achei mais um blog que montei perdido na blogosfera...
Agora todos numa conta só... Até aprendi a montar sites...

 Confira: ARAÇATUBA E REGIÃO

22/06/2013

domingo, março 05, 2006

EUZINHO MESMO

Este sou eu mesmo... Um pouco de tudo, inclusive de louco!

Aos 35 anos e ainda não me dei conta de quem sou!

Apenas: PALMEIRENSE...

A GARAPA

Escrever não é uma "coisa" - por assim dizer, fácil. Mas - como costumo dizer - é válido quando se tenta (explicando: só se aprende andar de bicicleta como? ANDANDO) - pois bem: ande, melhor, ESCREVA!!!
E, falando em escrever, segue um texto (que costumo chamar de Crônica):

A GARAPA

Às vezes estou sem muito o quê fazer, mas também não tenho vontade de escrever. Esquisito! Mas descobri que a vida é assim mesmo. Então, quando estou neste estado, tento selecionar sobre o que escrever.
E num desses estados, minha esposa solicitou que buscasse garapa – aquele caldo ‘melado’ da cana. Fui.
Rodei a cidade – sabia onde estava – mas queria um mais perto, o que não foi possível – dirigi-me ao local. Pus-me a observar o processo.
Processo doloroso, mas preciso. A cana – aquela planta trazida, salvo engano, pelos holandeses para Pernambuco e que depois se estendeu pelo imenso Brasil – quieta, limpa, estava num canto do carrinho moedor. Solicitei dois litros do melado – mas, com limão: caso contrário ninguém em sã consciência bebe tanto – e com gelo.
Começou o processo. A moenda foi ligada. Dois pedaços foram introduzidos com maestria pelo ‘garapeiro’ – por assim dizer. Oras, garapeiro é quem gosta da garapa, ou quem extrai o precioso líquido da cana? Deixamos para outro dia. Vou pesquisar sobre, depois. Passou-se a primeira vez, depois a segunda. Bagaços saíram. Dobrou-os e passou novamente. Cortou o limão, introduziu-o no meio dos bagaços – mas ainda com caldo – e passou mais duas vezes pela moenda.
O caldo estava pronto, gelado. Levei-o para casa. Saboreamos prazerosamente o líquido de tom verde-marrom-escuro. Doce. Frio. Apenas um tom fraco de limão ao fundo – que era necessário.
Assim, a observar a cana, somos nós. Passamos por tantos processos, mas no fundo, depois de tantos apertos, SOMOS – salvos alguns que foram colhidos de más terras que não se tornam gentis.

Prof. Pedro César Alves * Publ. 30/01/2003 *

A ALÇA DO SUTIÃ

Escrever não é uma "coisa" - por assim dizer, fácil. Mas - como costumo dizer - é válido quando se tenta (explicando: só se aprende andar de bicicleta como? ANDANDO) - pois bem: ande, melhor, ESCREVA!!!
E, falando em escrever, segue um texto (que costumo chamar de Crônica):

A ALÇA DO SUTIÃ

Franceses – se não estiver enganado – têm cada idéia! Inventaram o danadinho do sutiã. Uma peça que evoluiu com o tempo e hoje há de vários modelos, cores...
Os mais variados modelos encobrem peles claras, morenas e negras deixando a doçura dos seios cobertos, seguros – ou isto em parte. Para algumas damas – pelo excesso que possuem é um alívio: pois seguram para não saírem pulando (deve ser horrível tê-los a balançar!). Prosseguindo, mas o que o título sugere não é o tamanho dos seios, a cor da pele ou o fato em si de estar cobertos, mas a danadinha da alça.
Pessoalmente, o que vou relatar aqui é o problema que acho terrível em determinadas mulheres que não se prezam em se vestir.
Esquisito colocar o sutiã e ficar com as alças viradas – ou torcidas (salvo aqueles que são de silicone e possuem forma arredondada). Fica tão estranho que me dá vontade de cutucar a ‘fulana’ e dizer: “Arrume a alça do sutiã que está me incomodando!”
Imagine se a tal ‘fulana’ simplesmente dizer: “Se estiver incomodando você, arrume-o!” – o que vou fazer? Arrumar ou não, eis a questão!
Mas, caro leitor, se você for mulher, atente para este pequeno detalhe que lhe tira o charme, pois pode ser interpretado como “não saber se vestir”. (E, se encontrar eu na rua, não me provoque deixando-o torto, porque já viu...)

Prof. Pedro César Alves * Publ. 15/12/2002 *

domingo, outubro 16, 2005

FALANDO DE AMOR

Falar de amor ou de amores
Não é tão fácil quanto imaginamos,
Por onde começar?

Sempre tentamos começar
Às vezes, falando dos outros,
E nunca de nós...

Falar sobre amores reais,
Ou sobre amores imaginários
Pode ser uma solução praticável,
Mas será esta a saída do poeta?

Saída certa ou não, somos poetas,
Falamos da vida, falamos dos amores,
Falamos de nós, falamos dos outros...
Afinal, tentamos falar de nossos amores! (26/01/2004)

PALAVRA DE CONSOLO

Queria tanto ouvir de alguém uma palavra,
Palavra essa de consolo que entrasse em meu ser,
Entrasse em meu ser sem doer e explicasse o que é o amor.

Um amor verdadeiro, não sofredor,
Um amor de alegria, não de pranto,
Entenderia, então, que alguém me amava de verdade! (Jan. 2004)

INTRANSITIVO AMAR

Amar,
Intransitivo – amor.
Paixão pelo belo – uma mulher.
Atração – fatal.
Paixão pelo corpo...
Paixão pela paixão, pelo amor...
Fogo ardente que mora em teus seios,
Oh, mulher... doce sabor
Não do pecado, mas do amor,
Do amor de outrora,
Do amor de mãe.

Agora...do sabor de mulher
Que reina em teus seios
Adormece os cansados,
Refugia os aflitos,
Que deleita os sabidos
Na arte de amar...

Amar, intransitivo – amor!

Prof. Pedro César Alves
03/06/2002 – 23h36

sábado, outubro 15, 2005

QUASE TODAS AS VIDAS

Tenta viver em mim
Um homem meio tirano,
Meio caolho,
Um olho no gato, outro no peixe,
Sem saber o certo.
Faz de tudo um pouco,
De aprendiz a mestre,
De boy a velhote,
Santo: encapetado.
Incrédulo...

Tenta viver em mim
Velho bóia-fria.
Possui um gostoso cheiro
De suor e cana.
Cana queimada,
Roupas de mangas longas,
Garrafa térmica.
Sua coroa: foice na mão.

Tenta viver em mim
O cara moto-boy.
Máquina e capacete,
Viagem bem-feita
Pneus alinhados,
Corrente, coroa, pinhão.
Tudo perfeito;
Perfeita sintonia:
Homem e máquina
De mãos dadas.
Gasolina no tanque,
Passageiro na garupa.

Tenta viver em mim
O homem do povo.
Meio político,
Meio safado,
Sem-vergonha, abusado,
De porte, às vezes, grosseiro,
Às vezes, pianinho,
E cachaceiro!

Tenta viver em mim
O homem da cidade.
– Fruto do urbanismo,
Cheio de stress.
Trabalhador,
De horário comercial,
Às vezes, letrado.
Sapatos brilhando.
De terno e gravata, todo alinhado.
De poucos filhos:
No muito, um casal.

Tenta viver em mim
O homem boêmio.
Meu irmãozinho...
Tido como à toa,
Muito comentado...
Finge ter alegria, mas é triste.

Quase todas as vidas em mim:
Em minha vida –
A vida parca dos absurdos.

09/10/2005
Inspirado em “Todas as vidas”, de Cora Coralina.

PEDRO - E AGORA?

E agora, Pedro?
Acabou a festa,
Apagou a luz,
Sumiu o povo,
Esfriou a noite.
Pedro, e agora?
Pedro, e você?
Você que tem nome,
Os outros zombam de ti;
Versos, tentas fazer,
Já amou, protestou!
Pedro, e agora?
Mulher: não tem mais;
Já não sabe discursar...
Não tem mais carinho.
Estás a beber todas,
Só ainda não fuma...
Tenta cuspir...
Esfriou à noite,
Não veio o dia;
Já não sabe sorrir,
Vive de fantasia;
Acabou tudo,
Fugiu tudo,
Mofou tudo,
Pedro, e agora?
Pedro, Pedro...
Sem palavras doces,
Com febres contínuas,
Com fome, com sede;
Sem biblioteca,
Sem ouro,
Sem nada;
Incoerente,
Cheio de ódio – e agora?
Pedro, mas sem a chave na mão,
Tenta abrir a porta,
Esta já não existe mais;
No mar quer morrer
Secou-se o mar;
A Brasília, Salvador, Fortaleza quer ir,
Mas não tem como.
Pedro, e agora?
Grite, Pedro...
Geme, Pedro...
Toque, Pedro,
A valsa brasileira;
Dorme, Pedro,
Pedro: estás cansado;
Pedro: você deve morrer!
Nem morrer, Pedro, você pode;
Pedro, pedra és; és duro!
No escuro, sozinho,
Feito bicho do mato,
Não acredita nos deuses;
Nu, na parede,
Encosta-se;
No seu cavalo preto motorizado
Fuja, Pedro, fuja!
Pedro, você consegue!
Para onde, Pedro?

30/09/2005
Inspirado em “José”, de Carlos Drummond de Andrade.

AUTOPSICOPIA

Em pessoa, Pessoa disse:
“O poeta é um fingidor”.
Eu, anos e anos mais tarde,
Confirmo a dor [que sinto].

E ao tentar ler,
Após os pequenos rabiscos,
Às vezes, me sinto bem,
Mas tento melhorar.

E assim na lida diária,
Giro, a procurar palavra,
Entre tantas
A melhor que preencha essa folha!

09/10/2005 – às 14h50.
Inspirado em “Autopsicografia”, de Fernando Pessoa.

quinta-feira, outubro 13, 2005

CONVERSAS DO PECE

Em breve esta página estará OK.

PEDRO CÉSAR
Cidade de ARAÇATUBA / SP
BRASIL - terra dos índios...